Eduarda Fabris faz parte do clube de Porto Alegre desde 2019 e venceu o Gauchão deste ano
No dia 11 de agosto, a Seleção Feminina de Flag Football anunciou as convocadas para participar dos training camps dos dias 23 e 24 de setembro em Goiânia, Goiás, e 21 e 22 de outubro, em Curitiba, Paraná. Eduarda Fabris, campeã gaúcha deste ano pelo Lions Flag Football, de Porto Alegre, e eleita a melhor quarterback das duas etapas do Estadual, é uma das 58 escolhidas para vestir o manto verde-amarelo.
A camisa 10 e líder do Ataque porto-alegrense começou no flag football em 2019, no próprio clube da capital gaúcha. Entretanto, pouco pôde praticar o esporte uma vez que, nas temporadas de 2020 e 2021, as competições das modalidades da bola oval foram suspensas em função da pandemia. A atleta afirma que neste período foram realizados somente “treinos remotos” e estudos táticos com o elenco.
Sua estreia oficial foi no Campeonato Gaúcho de 2022, torneio em que o Lions terminou na 4ª colocação, com somente 1 vitória — em cima do Erechim Coroados, que acabou em último — e 3 derrotas. Um ano depois, contudo, teve grande papel na trajetória da equipe de Porto Alegre rumo ao seu primeiro título, no Estadual deste ano.
Quatro anos após seu contato inicial com o flag football, Eduarda foi contemplada com a chance de representar seu país em treinos com as melhores jogadoras do Brasil e, desta forma, disputar uma vaga no esquadrão que estará no Mundial de 2024, na Finlândia. A “Leoa” conversou com o Touchdown no RS sobre a oportunidade. Confira o que ela disse.
Touchdown no RS: Essa foi a tua primeira convocação para a Seleção Brasileira? Qual foi a sensação ao receber a notícia de que havia sido selecionada?
Eduarda Fabris: Sim, é a primeira vez. Fiquei muito feliz. Sinceramente, me pegou um pouco de surpresa porque eu nunca tinha tido contato direto com a comissão técnica da Seleção. Então, não sabia muito bem o que esperar. Foi uma sensação de realização pelo reconhecimento do trabalho não só meu, mas de toda a comissão técnica do Lions e, em especial, do treinador que me acompanha desde o início, Adriano Souza Jr. Além disso, agora tem aquele frio na barriga de começar a assistir jogos de flag de um nível mais alto e entender o que eu preciso evoluir para, de fato, competir pela vaga no mundial da Finlândia, no ano que vem.
TDRS. O que representa para ti ter a oportunidade de vestir a camisa da Seleção e representar o Rio Grande do Sul na equipe?
EF. Vejo que a Seleção tem feito um esforço para ver vídeos de campeonatos também fora da Região Sudeste e encontrar talentos realmente a nível nacional, o que é muito legal e só eleva o nível do esporte. Espero que eu possa chegar lá e mostrar o quanto de talento temos por aqui. Tem muito mais gente fazendo um trabalho legal dentro e fora do Lions aqui no Estado. Espero que isso, em breve, resulte em mais convocações gaúchas.
TDRS. Tu tem alguma referência no flag football? Ou no esporte em geral? Qual a tua maior referência?
EF. Nada que não seja super clichê, hehe. Assisto muito a esporte, gosto das lições que ele transporta para nossa vida. Admiro muita gente, mas não sou muito de ter ídolos.
TDRS. Qual a tua expectativa para participar dos training camps e praticar com as melhores jogadoras do Brasil?
EF. Aprender muito. Nesse primeiro camp o foco vai ser em entender a proposta de jogo da Seleção e o que eu preciso fazer para evoluir a ponto de conseguir competir pela vaga na Finlândia.
Texto: Pedro Pereira
*Publicado anteriormente no dia 22 de agosto de 2023
Santa-mariense, estudante de jornalismo na UFSM.