Tiago Dallegrave define o pouco número de jogadores no elenco como uma das razões para o resultado negativo
Apesar da vitória em cima do JEC Gladiatos, no último sábado (16), o Carlos Barbosa Ximangos está eliminado do Campeonato Brasileiro D2 e não tem mais chances de avançar ao mata-mata. Isso se dá por conta dos critérios de desempate pois, ainda que os gaúchos pudessem alcançar a zona de classificação matematicamente, o fundamento de “confronto direto” não permitiria.
Este foi o primeiro triunfo dos barbosenses, que ainda enfrentam o Porto Alegre Pumpkins – já classificado – no dia 30 de setembro antes de dar adeus à competição nacional. As derrotas da equipe da Serra Gaúcha foram para o próprio time da capital, por 41 a 0, e para o Paraná Clube Guardian Saints, de Curitiba, pelo placar de 30 a 6.
Vale destacar que, em 2022, o Ximangos terminou a fase de grupos invicto e caiu somente nas semifinais para o Juiz de Fora Imperadores, de Minas Gerais, que venceria o Brasileirão D2 daquele ano. Dessa forma, o head coach Tiago Dallegrave conversou com o Touchdown no RS sobre a queda precoce do clube no campeonato e os próximos passos do esquadrão. Confira o que ele disse:
Touchdown no RS. Qual foi o maior empecilho na caminhada do Ximangos durante a disputa do Brasileirão D2?
Tiago Dallegrave. Nós trabalhamos neste ano, não somente no segundo semestre, com um elenco bem enxuto. Para um esporte muito intenso isso acaba prejudicando. Mas essa foi uma decisão tomada entre todos os integrantes do time para que somente aqueles comprometidos com a instituição estivessem dentro do campo.
TDRS. Como tu descreve o desempenho do Ximangos no torneio?
TD. Entramos no torneio para sermos competitivos e evoluirmos com o time. Dentro daquilo que pretendíamos, acredito que todos os atletas evoluíram e, hoje, tenho atletas muito mais competitivos e comprometidos com o Ximangos.
TDRS. Olhando para trás, o que tu acredita que dava para ter feito de diferente em relação a preparação para o torneio e para as partidas?
TD. Acho que não muita coisa. Quando todos, entre direção, comissão técnica e atletas, decidiram que era o momento de mudança para podermos evoluir e criar uma cultura de futebol americano diferenciada para que, futuramente, pudéssemos ter resultados melhores, nós assumimos os riscos destas escolhas. Felizmente, já conseguimos ver um aprendizado muito grande dos envolvidos. Esse é o primeiro passo para montarmos um time vencedor.
TDRS. Quais são os principais aprendizados que o Ximangos tira do Brasileirão D2?
TD. É melhor contar com 30 atletas comprometidos, que querem aprender e que estão dispostos a honrar as cores do Ximangos, do que ter 60 que só querem aparecer em fotos. Perceber que os atletas estão mais preocupados em valorizar o nome que vem na frente do uniforme do que aquele que eles levam nas costas nos mostra que estamos no caminho certo.
TDRS. A boa campanha do Ximangos na edição de 2022 do torneio pesou, de alguma forma, no desempenho da equipe no Brasileirão D2 deste ano?
TD. Não. Começamos o ano com uma nova visão de futebol americano e todos estavam cientes das dificuldades provenientes destas escolhas, mas também dos benefícios que elas irão gerar futuramente.
TDRS. A torcida barbosense pode esperar algo da equipe ainda para este ano, após o Nacional?
TD. Após o Nacional será um momento de avaliação dos erros e acertos e o começo da preparação, dentro e fora de campo, para o ano de 2024.
Texto: Pedro Pereira
Santa-mariense, estudante de jornalismo na UFSM.
